A descrição feita pelo artista em vídeo disponibilizado no Youtube, está aqui transcrita: “Muitos dos filtros no Instagram são utilizados como uma forma de 'embelezar' e divertir, os já consolidados selfies. Por meio de um celular Alcatel, que tinha baixo processamento de renderização, percebi que ao mudar de um filtro para o outro do Instagram, ocorria uma 'nova máscara' gerada pela falha. Eram imagens em preto e branco, como uma espécie de pulsação em ondas claras e escuras, ao mesmo tempo em que figuras quadriculadas pareciam vaguear pelo espaço da tela. Nenhum dos vídeos capturados tinham um padrão, o que tornava a paisagem ainda mais interessante para ser trabalhada na sobreposição. Tendo isso em mente, construí um vídeo em que essas diversas formas de glitch aparecem, tendo ao final, a minha selfie, criada a partir desse filtro inesperado e temporário.”
Assim Diego adota um procedimento comum à vanguarda de se apropriar do que se considera falha, como recurso expressivo. Sua obra se estrutura a partir do que não foi programado pelo sistema para ser utilizado, mas a ele pertence. Explora sobreposições.
Data: 2020